Planejamento sucessório na empresa familiar pode facilitar a continuidade do negócio. Com essa medida, o relacionamento entre herdeiros pode ser melhor administrado e as melhores soluções podem ser encontradas para o futuro da companhia.
Artigo de Karime Costalunga publicado recentemente no site Consultor Jurídico fortalece a importância do planejamento sucessório.
“Há alguns dias, veio a público uma disputa entre herdeiros de uma grande empresa familiar, como soe acontecer, a respeito do andamento que está sendo dado aos negócios da família por aquele que foi consagrado o administrador dos negócios quando da morte de seu pai, o membro da geração anterior que dava o rumo a ser navegado.
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Isso é mais uma demonstração de comportamentos. E, muitas vezes, esses conflitos são fruto da falta de diálogo e preparação de herdeiros para a continuidade do negócio. Também pode ser fruto da cultura vigente em determinada geração, em que se espera que as gerações seguintes deem continuidade automaticamente ao negócio, mas, aos poucos, percebe a impossibilidade de que isso aconteça.
Consabido é que, cada vez mais, as famílias aumentam, mas, não necessariamente, o patrimônio e a geração de renda acompanham o crescimento e a consequente demanda pelos membros da família.
Uma das soluções para evitar que esse crescimento seja um problema está no planejamento, no diálogo e na transparência.
Planejamento sucessório na empresa familiar
Se os membros da família, desde cedo, conseguem encontrar o seu lugar no organismo — ou até mesmo fora dele —, fica mais fácil proporcionar o saudável desenvolvimento da empresa a ponto de que seja perpetuada para as gerações futuras. Se os membros da família conseguem conversar sobre seus desejos e aspirações, até fazem um coaching pessoal, conseguem se tornar adultos mais realizados e produtivos, seja dentro ou fora da empresa.
Consequentemente, são todos preparados para um futuro mais livre e autêntico, inclusive estabelecendo vínculos, muito embora de maneira consciente e sem deixar de atentar para o negócio, mesmo que nele não exerçam atividade laborativa.
Alguns levantamentos internacionais apontam que em torno de 65% das empresas mundiais têm seu controle nas mãos de famílias. Um levantamento do Sebrae no fim da década passada apontou que no Brasil essa concentração chega próximo a 90%. Um estudo mundial da PwC de 2010 mostrou que apenas 36% das empresas cujo controle está nas mãos de famílias chegam até a segunda geração e apenas 19% chegam à terceira. Essa baixa taxa de sobrevivência tem como causa principal a falta de governança corporativa e de planejamento jurídico sucessório adequado (da sua propriedade, controle e gestão).”
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